O número de mortos no terremoto que atingiu o Haiti na manhã desse sábado (14) subiu para mais de 1 mil 500. Equipes de resgate lutam para encontrar sobreviventes enterrados sob prédios, um dia após o terremoto de magnitude 7,2 e quando uma tempestade tropical se aproxima da nação caribenha.
Os haitianos trabalharam durante toda a noite para buscar amigos e familiares entre os escombros de prédios destruídos após o forte tremor que deixou também muitos feridos.
O terremoto de magnitude 7.2 derrubou centenas de casas no país, que ainda está se recuperando de outro grande sismo, ocorrido 11 anos atrás. Em crise política, o Haiti foi deixado sem um chefe de Estado desde o assassinato do presidente no mês passado.
A região sudoeste recebeu o maior impacto do terremoto, principalmente a cidade de Les Cayes e seus arredores. Na noite de ontem, autoridades haitianas registraram pelo menos 304 mortes e mais de 1.800 pessoas feridas.
Igrejas, hotéis, hospitais e escolas ficaram gravemente danificados ou destruídos, enquanto os muros de uma prisão foram rompidos pelos violentos tremores.
“Precisamos mostrar muita solidariedade com a emergência”, disse o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, um neurocirurgião que foi colocado à frente do país durante a turbulência após o assassinato do presidente Jovenel Moise no dia 7 de julho.
Alguns haitianos disseram que passaram a noite de sábado dormindo a céu aberto, traumatizados pelas memórias do sismo de magnitude 7, de 2010, que atingiu uma região muito mais próxima da capital, matando dezenas de milhares de pessoas.
Imagens postadas em redes sociais mostram moradores buscando aberturas estreitas em pilhas de destroços de alvenaria, para puxar pessoas em choque dos escombros de paredes e telhados que desmoronaram em volta deles.