Após um dia de violentos protestos e confrontos, a votação para a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela prosseguiu horas além do previsto.
Inicialmente os postos seriam fechados às 18 horas (19 horas em Brasília), mas o prazo foi prorrogado oficialmente em uma hora, com a garantia de que aqueles que estivessem na fila teriam o direito ao voto.
No entanto, ainda depois das 21 horas havia pessoas votando, segundo o jornal “El País”.
Também de acordo com o “El Pais”, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirma que 14 pessoas foram mortas neste domingo, mas o Ministério Público, fonte oficial, diz que foram dez.
Nas redes sociais, apoiadores do governo e o próprio presidente Nicolás Maduro postavam fotos e vídeos de locais de votação lotados, enquanto simpatizantes da oposição afirmaram ao longo do dia que o número de eleitores foi muito menor do que o do plebiscito informal do dia 16 de julho, quando mais de 7 milhões de pessoas votaram contra a realização da Constituinte.
A MUD diz que a abstenção foi de 87,6% e que apenas pouco mais de 2,4 milhões de pessoas votaram. Muitos alertavam sobre uma possível fraude na divulgação do número de votos.