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Mortes no campo cresceram mais de 70% em 2021

Transporte de urnas para a Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda, no Alto Rio Envira, município de Feijó-AC

Levantamento parcial do relatório “Conflitos do campo”, divulgado nesta semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) – entidade ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) –, aponta que as mortes em decorrência da violência rural cresceram 75% no ano passado. Segundo o site UOL, o documento completo será divulgado na segunda-feira (18).

Segundo os dados preliminares, foram registrados 35 assassinatos em 2021, contra 20 em 2020. Foi o maior número de mortes desde 2017, quando o país contabilizou 71 casos. “Essa é a 36ª edição do documento, que é lançado anualmente pela CPT e se tornou a mais importante publicação a contabilizar violência e mortes no campo no país”, ressalta o site.

Ainda de acordo com os dados parciais do relatório, 11 dos 35 assassinatos ocorreram em Rondônia, estado que registrou o maior número de mortes. “Além das mortes diretas, a CPT também relata que houve 109 assassinatos em decorrência de conflitos no campo registrados em 2021, 1.100% a mais que em 2020”.

Desde o golpe do impeachment contra Dilma Rousseff e da ascensão ao poder do fascista Jair Bolsonaro, a violência no campo só tem aumentado. A maioria dos óbitos ocorre na Amazônia Legal e vitima trabalhadores rurais e comunidades indígenas. Até agosto do ano passado, segundo o balanço parcial, 418 territórios sofreram “violência contra ocupação e a posse” no país, dos quais: 28% são territórios indígenas, 23% territórios quilombolas, 14% territórios de posseiros e 13% territórios dos sem-terra, entre outros.

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