O número de mortos no atentado terrorista da sexta (24) a uma mesquita frequentada por sufistas no norte do Sinai aumentou para 305, entre eles 27 crianças. O número de feridos chegou a 128, segundo o mais recente boletim da Procuradoria Geral do Egito, divulgado neste sábado. A informação é da Agência EFE.
A autoria do ataque ainda não foi reivindicada por nenhum grupo extremista. Segundo comunicado da União das Tribos do Sinai, a ação ocorreu quando os criminosos fecharam “as portas da mesquita (Al Rawda) e mataram todos os que rezavam. Após a chegada de ambulâncias ao local, “um grupo escondido de terroristas fez disparos e fugiu”.
O ataque aconteceu no início do sermão de sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos, quando os fiéis foram surpreendidos por “25 a 30 takfiris (radicais)” que, segundo a procuradoria, hastearam a bandeira do Estado Islâmico.
Citada pela agência oficial de notícias Mena, a procuradoria informou que os radicais ficaram em frente à entrada do templo e das suas 12 janelas, e começaram a atirar de forma indiscriminada com armas de fogo automáticas, além de terem queimado alguns carros.
De acordo com os depoimentos coletados pela procuradoria em dois hospitais de Ismailiya, e perto de onde aconteceu o ataque, fortes barulhos de disparos foram ouvidos fora da mesquita, assim como explosões.
Pouco depois, os radicais entraram na mesquita Al Rawda. “Alguns mascarados e outros não, com roupas militares, cabelos compridos e barba, usando armas automáticas. Alguns levavam uma bandeira preta com a inscrição ‘Não há Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta”, a profissão de fé dos muçulmanos, afirmaram procuradores com base em depoimentos.
O Egito começou hoje luto nacional de três dias pelas vítimas do ataque. Na província do Norte do Sinai, onde está vigente desde 2014 o estado de emergência, opera o ramo egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico chamado Wilayat Sina, que reivindicou a maioria dos atentados ocorridos nos últimos anos no país.