Relações tensas
Moscou acusa Tóquio de apoiar Ucrânia como fez com Hitler
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emO Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou a decisão do Japão de retirar o batalhão nacionalista Azov da Ucrânia de sua lista de organizações terroristas. Isso, segundo Moscou, marca Tóquio como cúmplice de um grupo neonazista.
“Infelizmente, esta não é a primeira vez na história do Japão, que seu governo toma o partido de um regime desumano (apoio a Hitler na II Guerra Mundial)”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova.
A chancelaria moscovita argumentou ainda que tal passo mina a própria segurança do Japão. Zakharova lembrou que cidadãos japoneses sofreram ataques terroristas em todo o mundo há pouco tempo e observou que a Rússia deu seu apoio ativo na resolução de tais incidentes.
O Ministério da Defesa do Japão disse anteriormente que considerará enviar mais ajuda às Forças Armadas da Ucrânia, incluindo o batalhão nacionalista Azov, que foi repetidamente pego cometendo crimes de guerra durante a campanha de Kiev contra as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (DPR e LPR).
A Agência de Inteligência de Segurança Pública do Japão (PSIA) removeu o batalhão nacionalista Azov do manual de terrorismo internacional de 2021, onde foi sinalizado como uma organização neonazista, informou a agência em 9 de abril. Alegou que a organização foi incluída no manual por engano porque as informações foram coletadas de várias fontes abertas.
“Esta não é uma avaliação independente e não significa que a agência tenha reconhecido o batalhão Azov como uma organização neonazista”, disse a PSIA.
A agência não detalhou por que não considera Azov, cujos membros não apenas foram vistos usando trajes relacionados aos nazistas – como Wolfsangel – mas também foram pegos cometendo crimes de guerra, como uma organização neonazista digna de ser mencionada ao lado outros grupos terroristas.
O Ministério da Defesa da Rússia acusou repetidamente os membros desse batalhão de usar civis em cidades ucranianas como escudos humanos, o que, entre outras coisas, os qualifica como tendo cometido crimes de guerra, durante a operação especial russa na Ucrânia.