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Mosquito não dá sossego e Brasília registra 55 novos casos de dengue por semana

Jade Abreu

A Secretaria de Saúde confirmou mais 55 casos de dengue em moradores de Brasília, na 14ª semana epidemiológica (de 3 a 9 de abril). Os dados são do Informativo Epidemiológico nº 15, divulgado nesta quarta-feira (13). Pelo levantamento, desde janeiro, 11.268 pessoas foram diagnosticadas com a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, das quais 9.807 do Distrito Federal e 1.461 do Entorno.

Em 2016, Brazlândia permanece sendo a região administrativa com o maior número de doentes: 1.610. Em seguida, vêm Ceilândia (1.092), São Sebastião (922), Taguatinga (801), Planaltina (797) e Samambaia (487). Juntas, representam 58,2% dos casos.

Segundo o informativo, 80% dos pacientes procuram a rede pública de Brasília para se tratar; 15%, clínicas particulares; e 3%, a rede pública de Goiás. O restante ainda não foi identificado. De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, Cristina Segatto, o índice pode ser explicado pelo fato de a rede pública muitas vezes estar mais perto dos contaminados e por nem todos terem plano de saúde. Além disso, o sistema público de saúde notifica mais casos do que o privado.

Zika e chikungunya – O boletim semanal da Saúde traz ainda estatísticas sobre o zika vírus e a febre chikungunya, ambos também transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. Até o momento, 46 moradores de Brasília foram confirmados com o zika vírus.

Desses, 29 contaminaram-se na capital; 4, em Minas Gerais; 2, no Rio de Janeiro; e 2, no Tocantins. Bahia, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraíba tiveram uma ocorrência cada. A origem dos quatro restantes ainda não foi identificada.

Pelo informativo, 20 gestantes foram diagnosticadas com o zika vírus. Onze são de Brasília, oito de Goiás e uma de Mato Grosso. A rede pública de saúde prioriza as mulheres grávidas com suspeita da contaminação pelo vírus para fazer os exames.

As ocorrências de febre chikungunya aumentaram em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2015, a doença havia sido confirmada em apenas duas pessoas, contra 42 neste ano. Do total, a Secretaria de Saúde informa que 28 se contaminaram em outras unidades da Federação: Bahia (3), Maranhão (4), Minas Gerais (1), Paraíba (1), Pernambuco (10), Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Norte (4) e Sergipe (3). Nove são de Brasília e os outros cinco ainda não foram identificados.

De acordo com a secretaria, como algumas notificações demoram a ser confirmadas, os números referentes a cada semana epidemiológica podem sofrer alterações.

Índice de infestação – Na segunda-feira (11), uma força-tarefa, integrada por cem militares do Exército Brasileiro, cem do Corpo de Bombeiros e 400 agentes da Vigilância Ambiental, deu início ao primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) do ano (serão quatro).

O estudo é feito nacionalmente pelo Ministério da Saúde com o objetivo de mapear as áreas com mais focos de larvas em cada município.

No Distrito Federal, foi selecionada uma amostragem de aproximadamente 25 mil casas, em diferentes regiões administrativas, para ser vistoriadas até sexta-feira (15). A equipe também fará inspeção de residências, conscientização de moradores e limpeza de ruas em Planaltina.

Agência Brasília

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