Foi identificado nesta segunda-feira, Diogo Barreira de Brito, de 29 anos, o motorista que atropelou e matou Sarah Corrêa, ex-nadadora medalhista dos Jogos Pan-Americanos. Ele já prestou depoimento na 42ª DP (Recreio) e deve ser chamado novamente à delegacia nesta semana. Aos investigadores, ele disse que não prestou socorro às vítimas — além de Sarah, de 22 anos, Paulo Pessoa, de 58 anos, morreu no acidente — porque estava ferido e foi procurar um hospital. O atropelamento ocorreu na sexta-feira, em Vargem Pequena, próximo à casa da jovem. A polícia agora investiga se ele realmente passou por atendimento médico.
Testemunhas contaram à família da ex-atleta que o motorista, empresário, estava embriagado e dirigia em alta velocidade no momento do acidente, flagrado por uma câmera de segurança de uma casa na Estrada dos Bandeirantes. As imagens mostram o carro de Diogo avançando à esquerda contra um ponto de ônibus.
O corpo de Sarah foi enterrado na manhã desta segunda-feira no Cemitério do Caju. A mãe, Maria de Fátima Gonçalves, vestiu a filha com o uniforme da Seleção Brasileira de Natação para o velório. Uma bandeira do Fluminense cobria o corpo. Em 2011, nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, a jovem conquistou a medalha de prata no revezamento 4 x 200 metros livre. Ela estava desde 2014 sem treinar e trabalhava como vendedora num loja no Leblon.
Na sexta-feira, ela ia para uma festa com os amigos trabalho.
— Eu vou ser uma guerreira em busca de Justiça por ela. Eu disse e repito: a minha filha sentava comigo à mesa do café e dizia ‘mãe, eu não vim ao mundo para ser uma qualquer’. Ela está fazendo a diferença agora, ela quer que eu lute por todas as mães que estão com o coração despedaçado e perderam seus filhos de uma forma brutal — afirmou Maria de Fátima .
Sarah chegou a ser levada para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, mas foi diagnosticada com morte cerebral. A outra vítima morreu na hora.