Bartô Granja, Edição
A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) do Distrito Federal promove nesta quinta (2) a oitava edição do Dia de Liberdade de Impostos. A iniciativa consiste em vender combustíveis sem a incidência de impostos, o que reduz o valor de R$ 3,27 para R$ 2,35 por litro. A venda do combustível ocorre nos postos Jarjour das quadras 206 na Asa Norte e 210 da Asa Sul, desde as 6 horas. Cada veículo pode abastecer até 20 litros.
A ação tem como objetivo lembrar o peso da carga tributária no país, como relata o presidente da CDL Jovem, Raphael Picanço. Para isso, no local, foi instalado um impostômetro. “O brasileiro paga em média mais de 40% daquilo que ele recebe em impostos, é uma das maiores taxas do mundo. O Brasil é o 7º lugar, mas, em contrapartida, os países que cobram mais oferecem serviços melhores para a população. Há um desequilíbrio entre o que é arrecadado e o que é oferecido em serviço para a população”, disse.
A iniciativa inclui também a venda de um veículo sem impostos, além de dobrar a quantidade de combustível. “Este ano dobramos a ação para que a possamos atender mais pessoas, estamos com dois postos vendendo 30 mil litros de combustíveis sem impostos. Além disso, vamos fazer a venda de um veículo sem impostos. O veículo tem 29% do seu valor em impostos”, conclui Picanço.
Para a compra do veículo, durante todo o dia, as pessoas que comparecerem ao posto preencherão uma ficha, com um palpite sobre qual o valor estará no impostômetro quando o último veículo for abastecido. A pessoa que acertar comprará um Peugeot 208 por R$ 34.391,93, R$ 13 mil a menos que o valor comercializado com os impostos.
O agente de serviço de engenharia Orlando Martins, de 60 anos, disse que participa todos os anos da ação. “Seria muito importante se o pessoal tivesse essa consciência, porque tudo aqui no Brasil a gente paga um imposto excessivo e abusivo. É gratificante ter um dia sem imposto, porque nosso salário já tem 27% de imposto, então é desnecessário imposto sobre as outras coisas. Pagamos muitos impostos e recebemos poucos benefícios. Esperei 1h30 para abastecer, mas é uma iniciativa importante e muito boa, participo todos os anos.”
A estudante Rafaela Varela, de 19 anos, esperou por duas horas para abastecer e diz que a ação é uma forma de protesto. “Eu acho uma iniciativa interessante, o brasileiro sabe que os impostos são altos, mas não faz nada, continua pagando sem reclamar. É o primeiro ano que participo, e por mais que seja uma quantidade limitada, 20 litros, participar da ação é uma forma de protesto. Eu apoio a iniciativa.”
Agência Brasil