É bastante difícil, para não dizer impossível, que o Senado acate uma eventual ação do presidente Jair Bolsonaro para afastar os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso. A lei prevê o impeachment de membros do Judiciário, mas é o mesmo pau que dá em Chico, que também dá em Francisco.
Essa a posição do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, sobre o mais recente arroubo de Bolsonaro manifestada nesta segunda, 16. Para o general, embora o capitão entenda que está no seu direito (de mover uma ação no Senado) é improvável que a ideia avance.
“Ele (Bolsonaro) considera que esses ministros estão ultrapassando dos limites de algumas decisões que têm sido tomadas e uma das saídas, dentro da nossa Constituição e o que prescreve o artigo 52, seria o impeachment e (isso) compete ao Senado. Vamos ver o que acontece. Mas Acho difícil o Senado aceitar”, disse Mourão.
No sábado, 14, o presidente anunciou em postagens nas redes sociais que levará ao senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, um pedido para instaurar processo contra Moraes e Barroso. Para Mourão, o presidente tem “a visão dele” sobre a atuação dos ministros da Suprema Corte. O ponto de vista do presidente, porém, não é necessariamente majoritário dentro do Senado.