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Profissão repórter

MP atabalhoada de Bolsonaro vira alvo da imprensa

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Marta Nobre

A Federação Nacional dos Jornalistas está se movimentando para tentar derrubar a Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro que mata os profissionais de imprensa. Os sindicatos começam a discutir esta semana uma estratégia para que o texto seja recusado na Câmara dos Deputados. O argumento é de que a iniciativa do presidente é inconstitucional.

No que depender de Bolsonaro, a categoria ‘Jornalista’ será riscada do mapa. Não haverá compromisso com a verdade. E a ética corre o risco de dar lugar a perfis fake, hoje tão comum entre o bolsonarismo. Profissão, mesmo, só de quem tem conselhos regionais, a exemplo d médicos, engenheiros e advogados, entre outros.

A Fenaj decidiu partiu para a briga. Falando e escrevendo grosso. A Federação afirma que 10 anos depois da derrubada do diploma de nível superior específico como critério de acesso à profissão pelo Supremo Tribunal Federal, a MP é mais um passo rumo à precarização do exercício da profissão de jornalista, uma atividade de natureza social ligada à concretização do direito humano à comunicação.

Na prática, acusa a Fenaj, sem qualquer tipo de registro de categoria, o Estado brasileiro passa a permitir, de maneira irresponsável, o exercício da profissão por pessoas não-habilitadas, prejudicando toda a sociedade.

Na opinião dos jornalistas, Bolsonaro constrói uma narrativa, desde a posse no Planalto, para deslegitimar a atuação dos profissionais Agora, utiliza a MP 905/19 para, mais uma vez, atacar a profissão, os jornalistas e o produto da atividade jornalística: as notícias.

Ainda segundo a Federação, é grave o fato de o governo Bolsonaro utilizar medidas provisórias de maneira abusiva, usurpando do Congresso Nacional a atribuição de legislar, sem o devido processo de tempo para reflexão e debates com toda a população sobre as alterações nas leis, que são garantidas nas tramitações que passam pela Câmara Federal e pelo Senado.

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