O procurador de Justiça Riscalla Abdnur recorreu, nesta terça-feira (29), contra a concessão de habeas corpus para 23 ativistas acusados de associação criminosa armada, com base em investigação sobre atos violentos em protestos da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil. Abdenur apresentou o recurso à 7ª Câmara Criminal. Um colegiado formado por três desembargadores irá julgá-lo. Os habeas corpus haviam sido concedidos pelo desembargador Siro Darlan.
Segundo o MP, o procurador pretende que o desembargador reconsidere a decisão, ou que a submeta, em 48 horas, para a apreciação da 7ª Câmara Criminal, como determina o regimento interno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ).
As prisões temporárias dos manifestantes foram decretadas na véspera da final da Copa do Mundo. Após denúncia do Ministério Público, a Justiça ordenou, no dia 18, a prisão preventiva dos ativistas. Do grupo de 23, três manifestantes que tinham sido presos foram libertados na quinta-feira, e 18 deixaram de ser considerados foragidos. Apenas dois ativistas permanecem encarcerados, por estarem envolvidos em outro processo.
Agressão a jornalistas
Elisa Quadros Sanzi, a Sininho; a coordenadora do programa de pós-graduação em filosofia da Uerj, Camila Jourdan; e Igor D’Icarahy deixaram a cadeia em meio a um tumulto entre manifestantes e jornalistas. Cerca de 30 pessoas que aguardavam do lado de fora agrediram profissionais que acompanhavam a soltura dos suspeitos. Houve reação, e uma briga generalizada tomou conta da rua em frente ao complexo.