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MST avisa que na hora do ‘pega prá capar’, sem-terra não ficará embaixo da cama

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Ricardo Galhardo

Bem antes de a presidente Dilma Rousseff endurecer o discurso contra o impeachment, líderes de movimentos sociais e sindicais ligados ao PT têm dado declarações que dão respaldo à presidente.

“Vamos esticar a luta democrática até o limite do limite mas não fugiremos da guerra. O MST não forma covardes. Ninguém vai se esconder embaixo da cama. Se fizerem o golpe não terão um dia de sossego”, afirmou ainda na sexta-feira, 18, Gilmar Mauro, da coordenação nacional do Movimento dos Sem Terra (MST).

Sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem feito assembleias em fábricas e demais locais de trabalho para dialogar diretamente com a base de trabalhadores. Na da Ford, em São Bernardo, 4 mil operários aprovaram, nesta terça, um encaminhamento contra o impeachment.

Aliados avaliam que os seguidos relatos de violência por parte de manifestantes anti-Dilma, atos de vandalismo contra sedes do PT e da CUT e a repressão da Polícia Militar, a exemplo do que aconteceu anteontem na PUC, em São Paulo, incentivam a classe média que estava afastada do PT.

Nesta terça-feira, 22, cerca de 500 advogados se reuniram nas escadarias da Faculdade de Direito da Universidade de Pernambuco, no Recife. Professores da Unicamp, em Campinas, marcaram uma manifestação para esta quarta-feira, 23. Cerca de 1 800 escritores e profissionais da indústria editorial assinaram um manifesto contra o impeachment. Professores da Escola de Artes, Ciências e Humanidades e do Curso de Gestão de Políticas Públicas da USP fizeram notas.

Um grupo de 73 estudiosos brasileiros espalhados pelo mundo em universidades importantes como as de Columbia, Harvard e Massachusetts, nos EUA, e Michigan, no Canadá, assinaram uma declaração em defesa da democracia.

Em outra ponta, grupos como o MST e o MTST, além da CUT, tem incentivado mobilizações contra o impeachment na periferia das grandes cidades.

estadao

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