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Metrô entra em greve e rodízio de veículos é suspenso

Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na noite desta quarta 4, entrar em greve a partir da quinta 5, por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, a paralisação será total, com exceção da Linha 4-Amarela, que não é representada pelo sindicato, e funcionará normalmente. Uma nova assembleia está marcada para as 17h na sede do sindicato, no Tatuapé.

O Metrô informou, no entanto, que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que o sistema de transporte opere 100% no horário de pico. Ou seja, que garanta o funcionamento total no horário de maior movimento das linhas, e o funcionamento de 70% nos demais horários, sob risco de multa diária de R$ 100 mil. O Metrô também informou que uma nova reunião de conciliação foi agendada para as 15h30 de amanhã, na sede do tribunal, no centro da capital. O TRT confirmou essas informações à Agência Brasil, acrescentando que pediu o funcionamento total do metrô entre as 6h e as 9h e das 16h às 19h.

Hoje ocorreu uma reunião de conciliação entre representantes do Metrô e do sindicato, que terminou sem acordo. A empresa elevou a proposta de reajuste para 8,7%, que foi rejeitada pelo sindicato. Os dirigentes sindicalistas disseram que não aceitam proposta inferior a 10% de reajuste. Os metroviários reivindicam reajuste de 35,47% [7,95% de Inflação mais 25,5% de aumento real], redução de jornada e adicional de periculosidade, entre outros.

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo representa os funcionários do Metrô nas linhas 1, 2, 3 e 5 da capital paulista, e aprovou a greve em assembleia na terça-feira (27). A categoria pretendia trocar a greve por catraca livre, mas o governo estadual rejeitou a ideia.

Por meio de nota, o Metrô informou que repudia a greve que “só prejudica os usuários e a população de São Paulo”. Segundo a companhia, 4,5 milhões de pessoas usam o sistema, com grande impacto na mobilidade da capital paulista. Tanto que, por causa da greve, a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) decidiu suspender o rodízio.

Elaine Patricia Cruz, ABr
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