Um painel da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, realizado esta semana, se absteve de classificar a Grande Barreira de Corais da Austrália como um local ameaçado. No entanto, cientistas destacaram os sérios riscos que o maior ecossistema de recifes de coral enfrenta devido à poluição e ao aumento da temperatura do oceano.
De acordo com um estudo, os recifes contribuiu com US$ 6,4 bilhões e mais de 64.000 empregos (principalmente do turismo) para a economia australiana entre 2015 e 2016. A UNESCO propôs adicionar a área à lista de espécies ameaçadas devido à frequente ocorrência de descoloração dos corais.
A Grande Barreira de Corais da Austrália, localizada na costa nordeste, é uma zona fenomenal e diversa. É o ecossistema de recifes mais significativo e abriga uma impressionante variedade de vida marinha, incluindo 400 tipos de corais, 1.500 espécies de peixes e 4.000 variedades de moluscos.
Os cientistas acham os corais fascinantes porque são um habitat para espécies animais vulneráveis, como o dugongo (“vaca marinha”) e a grande tartaruga verde. Os recifes estão repletos de várias formas de vida marinha e se estendem desde a costa até 250 quilômetros oceano adentro.
Em uma publicação recente, o painel elogiou os esforços do governo australiano e as medidas iniciais tomadas para conservar a área. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmou que um projeto de decisão reconhece o progresso notável no combate às mudanças climáticas, qualidade da água e pesca sustentável.
Esses esforços ajudam a proteger os recifes e mantê-los de forma sustentável. Ele admitiu que o projeto da UNESCO não resolveu completamente a situação e enfatizou a necessidade de mais ações para protegê-los de ser rotulados como ameaçado.
O governo da Austrália prometeu doar mais de US$ 795 milhões para proteger o ecossistema. Eles cortaram a alocação monetária federal para barragens e recusaram a permissão para mineração de carvão que poderia ter prejudicado a qualidade da água na área. A delegação da ONU quer que o governo dê uma atualização sobre seu progresso até fevereiro de 2024.