Mulher do coronel Sérgio contratou morte do marido por 15 mil
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emA professora de artes Cristiana Cerqueira pagou R$ 15 mil para que o filho da ex-empregada da irmã dela matasse o marido, coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira. As informações são da Polícia Civil. O casal estava em processo de separação litigosas. Cristiana ficaria com uma pensão de 2 mil reais, mas com a morte do marido, passaria a receber 10 mil. O corpo do coronel foi encontrado no meio do mato, em São Sebastião.
De acordo com o delegado Leandro Ritt, a irmã da professora combinou com o rapaz, que cooptou outras três pessoas suspeitas de envolvimento com o crime. A mulher teria saído com o filho da ex-empregada no dia anterior, entregado a arma e mostrado o local onde o militar deveria ser abordado. No total, oito pessoas são suspeitas de ligação com o homicídio.
“Eles estavam em processo de separação há 30 dias. O tenente-coronel estava na casa de um amigo, do Exército, e a mulher ficou no apartamento funcional com a filha”, diz. “A cunhada não confessou que planejou a execução, mas disse que a ideia era dar um tiro na perna, para que, machucado, ele tivesse de voltar para casa e reatar o casamento.”
A investigação apontou ainda que o autor do disparo havia sido solto do presídio há dois dias. Uma das suspeitas de envolvimento no crime contou à polícia ter notado um comportamento estranho da mulher na abordagem.
“Ela disse que a Cristiana deu uma batidinha no carro e disse ‘deixa ele’. Mas então deu uma piscadinha para o Rodrigo [filho da ex-empregada, que estava dirigindo o carro].”
Além disso, a arma usada no crime estava municiada com apenas dois dos seis cartuchos possíveis. Como o tambor girava no sentido anti-horário, diferentemente do esperado pelos criminosos, foram necessárias quatro tentativas para que o homem fosse atingido, disse o delegado.
Oito pessoas foram presas por envolvimento com o crime: a viúva e uma cunhada de Cerqueira, os três homens e a mulher suspeitos de tê-lo abordado e executado e os dois jovens que foram flagrados em uma festa, horas depois da execução, com o carro dele. Um dos rapazes já havia sido detido há 15 dias por suspeita de roubo a comércio, mas foi liberado da delegacia porque a vítima não quis registrar ocorrência.