Acusada de ter jogado água fervente no marido, Rosilda Alves da Silva, de 32 anos, afirmou nesta segunda-feira (24), em nota, que agiu em legítima defesa. Segundo o documento enviado pelos advogados da mulher, ela foi agredida, ameaçada de morte e mantida em cárcere privado antes de se ‘defender’ e jogar a água quente no marido, Pedro de Jesus Gomes, de 38 anos. O fato aconteceu no último dia 16 de agosto, em Guaraí, centro-norte do Tocantins.
A nota diz que Rosilda foi agredida na rua e depois de entrar em casa teria sido ameaçada de morte pelo companheiro, que também teria trancado o portão e impedido a mulher de deixar o local.
Só após tentar fugir e ver Gomes vindo novamente em sua direção, conforme a nota, a mulher “pegou a panela de água e disse para Pedro não se aproximar dela, ou então iria jogar a água. Como Pedro continuou vindo para agredi-la, em legítima defesa utilizou-se do único meio disponível para se ver livre da agressão”.
Ainda segundo o documento, a Rosilda recebeu uma mensagem da família do marido dizendo que “queriam matá-la e, temendo por sua vida, fugiu”. A mulher se apresentou à polícia no dia 21 de agosto, foi ouvida e liberada, segundo os advogados.
Pedro de Jesus Gomes sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus no rosto, tórax e membros superiores. Ele estava internado no Hospital Regional de Guaraí, mas segundo a Secretaria de Saúde do Tocantins recebeu alta no último sábado (23).
Gomes contou outra versão da história. “Quando eu cheguei em casa ela já estava bêbada e brigando com um vizinho. Entramos em casa e eu fechei o portão. Com raiva, ela quebrou a geladeira. Eu vi a água no fogo, mas não sabia o que ela queria fazer. Quando ela me chamou já estava com a panela na mão e jogou em mim”, disse. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Guaraí e a mulher responde o inquérito policial em liberdade.