Multidão acompanha enterro de PM morto ao socorrer mulher
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emCerca de 4 mil pessoas, entre familiares, amigos e colegas de farda, compareceram ao enterro do policial militar Reginaldo Francisco Vieira, de 40 anos, morto em serviço no sábado (14). A cerimônia ocorreu por volta das 16 horas, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Durante o sepultamento, o segundo-sargento foi homenageado pela corporação com salva de tiros e chuva de pétalas de rosas.
Mais cedo, no início da tarde, o governador Rodrigo Rollemberg esteve no velório, onde anunciou a promoção post mortem de Vieira de segundo para primeiro-sargento. A promoção é prevista em lei nos casos de morte no exercício da função. “Lamentamos ter perdido um profissional brilhante, que morreu defendendo a sociedade, prestando serviços à população. Trouxemos condolências e nossos sentimentos à família, nosso reconhecimento do papel desse soldado e nossa confiança na Polícia Militar do DF”, afirmou Rollemberg.
O tenente-coronel Wilson Sarmento, comandante do 20º Batalhão da PM (Paranoá), onde o sargento Vieira servia, destacou as qualidades do subordinado. “Todos, não só da corporação, mas da comunidade do Paranoá e do Itapoã, sempre admiraram o trabalhador e a pessoa que ele era. Educado, disciplinado, cortês, ele não media esforços para fazer qualquer tipo de serviço.”
Também estiveram no velório o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, e os secretários da Segurança Pública e da Paz Social, Arthur Trindade, e de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas.
O sargento Reginaldo Vieira atendia a um chamado de violência doméstica no Condomínio Del Lago, no Itapoã, por volta das 23h30 do sábado (14), quando o companheiro da vítima, Gilmar Ribeiro Rocha, iniciou uma troca de tiros com a equipe da PM. Condenado por dois homicídios e uma tentativa de homicídio — e cumprindo pena em liberdade —, foi Gilmar quem acertou o policial. Vieira foi levado ao Hospital do Paranoá, mas não resistiu aos ferimentos. Gilmar também foi alvejado e morreu no local. O sargento Vieira foi o segundo policial militar morto em serviço neste ano, e o quinto desde 2014.
Étore Medeiros, Agência Brasília