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Mundo tem 160 milhões de mulheres sem acesso a contraceptivos

Uma em cada 14 mulheres que queriam evitar a gravidez não usava contracepção em 2019 (cerca de 160 milhões de mulheres em todo o mundo), revelou uma avaliação da contracepção global publicada no Lancet.

“As mulheres eram definidas como necessitando de contracepção quando eram casadas ou solteiras, sexualmente ativas, capazes de engravidar e não querendo ter um filho dentro de dois anos, ou se estivessem grávidas ou acabassem de dar à luz, mas teriam preferido adiar ou impedir sua gravidez”, diz a pesquisa.

Regiões do Sudeste Asiático, Leste Asiático e Oceania tiveram o maior uso de contraceptivos modernos (65%), enquanto a África Subsaariana teve o menor uso de contraceptivos modernos (24%). Entre os países, os níveis de uso de anticoncepcionais modernos variaram de 2% no Sudão do Sul a 88% na Noruega.

O uso de contracepção aumentou significativamente em todo o mundo desde 1970, observaram os pesquisadores. A razão citada por trás do aumento do uso é que houve uma grande mudança do uso de métodos tradicionais menos eficazes para contraceptivos modernos mais eficazes, incluindo pílulas orais, além de DIUs e esterilização masculina e feminina.

“Embora tenhamos observado avanços excelentes na disponibilidade de contraceptivos desde a década de 1970 em nível global, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir que todas as mulheres e adolescentes possam se beneficiar do empoderamento econômico e social que os contraceptivos podem oferecer”, afirma Annie Haakenstad, do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, nos EUA.

“Nossos resultados indicam que onde uma mulher vive no mundo e sua idade ainda impactam significativamente o uso de contracepção”, acrescentou.

O estudo conclui que, em comparação com outros grupos, meninas e mulheres nas faixas etárias de 15 a 19 e 20 a 24 anos, respectivamente, são menos propensas a ter acesso à contracepção.

“É importante ressaltar que nosso estudo chama a atenção para o fato de as mulheres jovens estarem super representadas entre aquelas que não podem ter acesso à contracepção quando precisam”, afirmou Haakenstad.——

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