Lula embarca logo após a cerimônia do 7 de Setembro, em Brasília, com destino a Nova Déli. Nos dias 9 e 10, o presidente participará da reunião do G-20. E dirá, como próximo líder do grupo que reúne os 19 países emergentes (mais a União Europeia), que o pão precisa ser dividido. Na capital da Índia, Lula mostrará que no mundo há pouca gente bem nutrida, e muita, muita mesmo, sem ter o que comer. Na ponta do lápis, pelo cenário traçado pelo petista, uma minoria tem algo do tipo café da manhã, lanche das 10, almoço, lanche das 17 e jantar. Ou seja, cinco refeições diárias. Por outro lado, há os que passam cinco dias sem ter o que comer. O quadro é deprimente. De dezembro próximo, quando assumirá a presidência do G-20 pelos 12 meses seguintes, Lula espera convencer os ricos que os pobres também têm direito a saciar a fome.