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Música instrumental promete agitar Parque da Cidade com 12 grupos no fim de semana

Gabriela Moll

Doze grupos de música instrumental — de Brasília, de outras cidades do Brasil e do exterior — sobem ao palco da Praça das Fontes do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek no fim de semana (16 e 17). Durante os dois dias, o Festival Internacional de Música Instrumental Instrumenta Brasília, que conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura, reunirá shows, feira, debates, seminários e oficinas sobre o universo da música em que os instrumentos são os protagonistas.

Os roqueiros da Passo Largo, banda surgida em Brasília em 2011, tocam no domingo (17), às 20h30. No repertório, composições do álbum autoral recém-lançado: Férias em Nibiru (2016). “Cada música tem um clima diferenciado: mais romântico ou fantasioso, psicodélico”, resume o compositor e baixista Vavá Afiouni. “Nibiru é o planeta que vai colidir com a Terra no fim do mundo”, explica.

Com referências e misturas inusitadas, como Luiz Gonzaga, Jimi Hendrix e Beatles em ritmo de reggae ou Paulinho da Viola em versão ska, o grupo, formado ainda por Marcus Moraes (guitarra) e Thiago Cunha (bateria), também mostrará músicas do primeiro disco, Passo Largo (2012), e algumas surpresas.

Criada em 2014, outra representante do DF, a banda Muntchako mescla estilos musicais, batidas eletrônicas e ritmos sintetizados. “Trazemos referências do kuduro angolano, do arrocha e do coco brasileiros, do dub jamaicano”, lista o percussionista Macaxeira Acioli, de 34 anos, que integra o grupo ao lado de Rodrigo Barata (bateria e samplers) e Samuel Mota (guitarra, programações e sintetização).

O nome Muntchako é uma versão abrasileirada do nunchaku, arma marcial tradicional chinesa feita com duas partes de madeira ligadas por corda ou corrente. “Acho que representa nossa música sem fronteiras, livre, mundial”, compara Acioli. Na apresentação de sábado (16), o repertório contará só com músicas autorais. “Alguns trabalhos nossos têm vocal; nesse caso, vamos levar só o instrumental”, adianta o percussionista paraibano radicado em Brasília desde 2008. O primeiro álbum da banda, na internet e em vinil, será lançado até dezembro, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura.

Também representam Brasília as bandas Ted Falcon & Gipsy Jazz Club; Satanique Samba Trio; Júnior Ferreira e Victor Angeleas; Esdras Quarteto; e Tiago Tunes.

Atrações internacionais – Os grandes destaques internacionais do evento são o nigeriano Orlando Julius, conhecido por ser um dos precursores do ritmo afrobeat, e os nova-iorquinos da banda Antibalas. Eles ficam responsáveis pelo fechamento dos shows do sábado e do domingo, respectivamente. Os brasileiros das Abayomy Afrobeat Orquestra (RJ), Bixiga 70 (SP) e Icolini (MG) completam a lista de atrações.

Oficinas de lapidação instrumental e seminário sobre o mercado da música
Além dos shows, fazem parte da programação do festival o seminário Mercado da Música Instrumental no Mundo, ministrado por profissionais de segmentos variados. Em dois momentos, das 10 horas às 12h30 e das 14 horas às 16h30, empresários do ramo, representando o DF e outras unidades da Federação, falarão sobre casos de sucesso de divulgação, difusão, distribuição e agenciamento de artistas.

Durante os dois dias, músicos em nível intermediário e avançado, já atuantes e de qualquer faixa etária, poderão participar de oficinas de lapidação instrumental de sopro e de percussão, oferecidas por músicos profissionais. Serão seis horas-aula durante o sábado e o domingo, das 14 às 17 horas, na Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Eixo Monumental. Tanto as oficinas quanto o seminário são exclusivos para inscritos.

Também está previsto o projeto Metrô Instrumental — Circuito de Duos, que levará dez apresentações de artistas instrumentais a cinco estações de metrô do DF. As datas ainda não foram definidas devido à greve dos metroviários.

Agência Brasília

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