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Musical deixa Rio para subir nos palcos de São Paulo

Julio Maria

A nova forma é apresentada como um “doc. musical”. É assim que o diretor Frederico Reder apresenta 60! Década de Arromba. Wanderléa está lá, em boa parte do espetáculo, mas não se trata também de uma biografia da artista. Sua vida conduz um retrato da década de 1960 e não deixa de ser uma homenagem à sua carreira. “Não tem personagens. São apenas os fatos de uma época e a música”, afirma.

Os números levantados pela produção, que ficou cinco meses em cartaz no Rio – a previsão inicial era de dois meses -, são grandiosos em tempos de minimização de gastos e enxugamento de equipes. Dez músicos estão na orquestra; 24 atores, cantores e bailarinos em cena, além de Wanderléa; mais de 157 pessoas envolvidas; 125 perucas; 350 figurinos e mais de 50 acessórios. Uma média de 200 trocas de roupa e um total de 360 horas de ensaio.

“Isso me traz de volta à época que vivemos nos anos 60, com uma diferença: agora, consigo me divertir. Naquele tempo, trabalhava muito, não sobrava tempo”, diz a cantora. Há uma contextualização da era, com acontecimentos históricos como quedas e ascensões presidenciais; casamentos de personalidades como Celly Campello e Elvis Presley, guerras e a instalação do regime militar no Brasil.

60! DÉCADA DE ARROMBA
Theatro NET. Rua Olimpíadas, 360, 3448-5061.
5ª e 6ª, 20h30; sáb , 17h e 21h; dom., 17h. Pré-estreia de 6ª (7) a dom. (9).
Estreia 2ª (10). R$ 40 a R$ 220. Até 28/5

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