Gota a gota
Cada um sangra ao seu modo
Exorciza (em si)
Seus demônios
E encobre suas sombras
Para secar a dor
Nenhum remédio cura mais
Do que o sacrifício individual
Porção exata
De água efervescente
Na encruzilhada da vida
Reconto minhas histórias
Iço minha espada e monto no cavalo branco
Viro o(a) herói(na) que esperei um dia
Para bravejar, enfim, as cicatrizes intáteis
E é quando o sangue parece estancar
Que se expressam (em mim)
As dores do ventre
Expelindo em forma de oferenda
Ódios e guerras (em silêncio)