O ‘Na Praia’, evento que desceu de paraquedas em Brasília com as bênçãos do Palácio do Buriti, deve deixar um gostinho salgado no próprio governo e nos responsáveis por sua organização. Isso é o que se entende, depois que o Ministério Público decidiu investigar uma série de denúncias.
Segundo o G1, o MP instaurou procedimento administrativo na última semana para apurar irregularidades no projeto, realizado desde o início do mês às margens do Lago Paranoá. O órgão diz ter identificado poluição sonora, excesso de produção de lixo e problemas de tráfego e no carregamento de areia para o local.
A organização do Na Praia se reuniu com o MP e sustenta que várias das denúncias não tinham fundamento. Como exemplo, a assessoria citou a acusação de “uso irregular de banheiros químicos”. Segundo eles, o sistema foi elaborado pela própria Caesb. Os organizadores disseram que ainda vão se manifestar oficialmente em nota.
O MP afirma que a medida foi tomada depois de denúncias de moradores da região. Um abaixo-assinado com 300 nomes foi entregue à Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema), junto com um relatório dos transtornos supostamente causados pelo evento.
Segundo o Ministério Público, o espaço está contido na Área de Preservação Permanente do Lago Paranoá. “Buscamos aliar a preservação ambiental ao exercício da atividade cultural, viabilizar o evento com ordem”, afirma o promotor de Justiça do meio ambiente, Roberto Carlos Batista, em texto divulgado pelo MP.