Primavera
Na visão do poeta surge um mundo de cores desenhado por um artista
Publicado
em
Assim chega a primavera, repleta de cores e aromas doces. Nos dias de sol, irradia canções; nos dias nublados, os versos se escondem em cada canto da alma.
A vestimenta das árvores exibe nuances multicoloridas, enquanto os campos floridos lançam pétalas ao vento, perfumando outras almas.
O mundo parece renascer na primavera, quando o vento entoa uma melancólica canção quase eterna.
Em cada flor, esconde-se o segredo da poesia e dos versos de amor, enquanto o sol beija cada pétala, demonstrando carinho e reverência pela sagrada natureza.
O poeta contempla os detalhes, imagina cenas, idealiza personagens e escreve histórias.
Na curva da estrada, ouve-se a cantiga do riacho, que saúda as pedras e os seres das águas em rimas harmoniosas valsadas pelo vento.
Entre versos e devaneios, o poeta descreve sonhos e paixões: as conquistas mais desejadas e as mais ousadas.
O céu se pinta de azul e branco, formando desenhos diversos, enquanto a esperança se reacende nos corações dos trabalhadores que, na lavoura, cantam para espantar a tristeza.
Os sabiás gorjeiam alegremente nas laranjeiras, saudando o Criador.
Um pintor, com seu pincel mágico, cria obras-primas que rememoram grandes aventuras e histórias de amor.
Cada flor que desabrocha ao vento faz surgir um verso, leve como o ar.
Uma ilusão e um suspiro de paixão tingem as páginas do velho caderno sobre a mesa do poeta.
Esses versos, impregnados de amor e carinho, chegam direto ao coração de uma musa inspiradora, que acolhe, agradece e cora ao descobrir que é desejada.
Assim, entre uma primavera e um verso, o poeta segue, transbordando paixão.
