A Voz da Verdade do jornalista Celson Bianchi não ficou silenciosa nesses 55 anos de Brasília. Desde os 50, diz ele, a capital da República tem passado maus bocados. A festa do cinquentenário foi bem abaixo da expectativa e ao fim do governo tampão a cidade se viu diante do mato alto, do buraco e do lixo espalhado. Serviços públicos inexistiam e quando se pensava que o novo caminho vinha pra mudar o quadro, ledo engano. Quatro anos de tristezas e desgoverno. Ao fim um rombo de dar vergonha. Como remédio o parcelamento de salários e o arrocho de gestão, onde o gerúndio virou regra, no vocabulário do primeiro escalão. Na educação, escolas maltratadas; na saúde a prisão dos gestores que administravam o sistema, e o quadro piora com a proposta de privatização dos hospitais; na segurança, o recorde de assassinatos no final de semana desenha em cores negras a insegurança da população. Enquanto isto os meios de comunicação do DF pintam em cores tímidas um quadro de realidade festivo, mas distante da verdade, que pra mudar precisa romper com a tecnocracia e o imobilismo.” A conclusão, diz, é simples. Brasília está triste no apagar de velinhas.
n’A Voz da Verdade, Brasília está triste no apagar de 55 velinhas
