As digitais de maus profissionais da Polícia Civil do Distrito Federal são como um buraco sem fundo. O Ministério Público identifica, separa, mas já não tem onde arquivar em seus processos. Cresce, com isso, a pressão para que Ibaneis Rocha desenrole o novelo e vá picotando uma a uma as cabeças de quem não merece a honrosa missão de manter o distintivo de policial pendurado no peito.
As denúncias feitas pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial, ligado ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra Robson Cândido e Thiago Peralva, não deixam dúvidas: os dois delegados, com o apoio de colegas da corporação (muitos deles também alvos de investigações), agem com a vileza de milicianos do Rio, São Paulo, Bahia ou qualquer outra unidade da Federação.
Ibaneis, do alto de toda a sua experiência, precisa refletir sobre a frase atribuída ao filósofo e político irlandês Edmund Burke. “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”.
Como advogado reconhecido por seus pares como brilhante, o governador poderia, numa breve leitura, destrinchar a denúncia feita pelo Gaeco. Ou, em última instância, passar uma vista nas imagens a seguir, partes do processo que corre no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
O tempo corre célere. E o que se ouve de bons policiais é que ‘não dá mais pra segurar. Ibaneis explode o coração ou detona o camburão‘.
Veja imagens reproduzidas do processo, baseado em denúncia oferecida pelo Ministério Público:
