Ah, as grandes decisões da nossa vida… Que complicado! Aquela luta insana entre o coração e o resto do seu corpo, principalmente a sua cabeça. Aquela lista interminável de prós e contras, aquela lista interminável de conversas com as amigas no WhatsApp e ainda aquela sensação de que possivelmente estamos tomando a decisão errada…
Sim, temos muita dificuldade em aceitar os nossos verdadeiros desejos. É como se tivesse uma grande voz na nossa cabeça só esperando a gente fazer besteira. E, pasmem, o que vai acontecer depois nem sempre é o que realmente nos preocupa.
A nossa grande preocupação não é com o que as pessoas vão falar ou em como vai ficar a nossa vida. A nossa grande preocupação é o que vamos fazer conosco mesmo se cometermos um erro. Geralmente vamos acabar com a gente da pior maneira possível. Só você tem a capacidade de atacar você mesma nos seus pontos fracos. Ninguém no mundo tem a capacidade de te machucar e de te fazer sofrer como você mesma.
Imagine, então, você cometendo um grande erro que muda toda a sua vida numa direção que depois você descobre não ser a “correta”. Imagine o que você diria para si mesma nesta situação. Imagine como você geraria um sofrimento excruciante dentro de você mesma por ter comentário cometido um erro.
O que você tem feito com as suas escolhas?
A questão não é o caminho a se tomar. Todas as escolhas são renúncias a outras escolhas, portanto não existe um caminho certo ou um errado. O que existe são caminhos, que muitas vezes andam paralelamente. Não, eles nunca se encontram e possivelmente, se você refizer a escolha, vai escolher a mesma coisa. Para quem acredita em destino não existe escolha; para quem acredita em escolhas também não, já que aquela sua consciência sempre te levaria ao mesmo lugar.
Uma vez ouvi minha mãe dizer quando ela tinha uns 45 anos: gostaria de ter o corpo de 20 anos e a cabeça que eu tenho hoje. Nunca me esqueci dessa fala porque ela gostaria de ter a consciência do momento para fazer outras escolhas na juventude. Mas com certeza a garota de 20 anos faria exatamente as mesmas escolhas, mãe.
O que precisamos trabalhar é a nossa consciência e a nossa evolução. Amadurecer as ideias mesmo que depois precisemos remodelar aquilo que escolhemos. Assim não existe caminho errado, só existem caminhos.