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Terra sem lei

“Não faço!” Desobediência civil ronda o Rio de Janeiro

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Bartô Granja

As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro estão caminhando para a desobediência civil. É uma decisão drástica baseada em grandes nomes e gestos internacionais.

É quando regras e ordens das autoridades superiores são desconhecidas, relegadas, distratadas, desobedecidas. É uma forma de oposição legítima frente a um Estado injusto.

Foi assim com o norte-americano Henry Thoreau, já nos idos de 1840, quando pregou uma ação anti-impostos. O mesmo processo foi adotado por Manhatma Ghandi, na batalha pela independência da Índia.

No Rio, o processo de uma futura desobediência civil geral fica caracterizada na troca de mensagens entre servidores da área de Segurança Pública. O coronel da PM manda, o delegado da Civil manda, a Justiça manda. As ordens, porém, começam a ser questionadas.

“Mas, pera aí. Por que eu e meu parceiro vamos enfrentar os bandidos, se não temos garantias?”. É um dos muitos desabafos após a fatidica derrubada do helicóptero no fim de semana, que deixou quatro policiais militares mortos.

Quem ouvir o áudio a seguir, entenderá que o clima é de revolta. E constatará que a desobediência civil, que pode promover o caos definitivo, está caminhando a passos largos.

Ouça o áudio:

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