Marta Nobre
O presidente Michel Temer vai ficar no cargo. Foi o que ele garantiu em pronunciamento à nação. Embora a situação pareça insustentável, Temer cobrou do Supremo Tribunal Federal a divulgação dos áudios que supostamente o implicam na compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba.
“Não renunciarei. Sei o que fiz”, sublinhou Temer. Segundo ele, a investigação pedida pelo Supremo vai ser o “território onde surgirão todas as explicações”.
Temer afirmou que, em nenhum momento, autorizou pagamentos “a quem quer que seja” para ficar calado. “Não comprei o silêncio de ninguém”, enfatizou, afimando que não teme nenhuma delação e não tem nada a esconder.
Segundo o presidente “conversas gravadas clandestinamente trouxeram de volta o fantasma da crise política. E todo o esforço de tirar o país da crise pode se tornar inútil”.
Na opinião de Temer, essas denúncias aparecem quando o Brasil vive “seu melhor momento”, mas é bombardeado com notícias falsas. Ele revelou que criou “esperança de dias melhores” e que se manterá no cargo para fazer um País mais justo.
Segundo Temer, seu governo viveu nesta semana “seu melhor e seu pior momento”, com a melhora de indicadores econômicos e de emprego, além do avanço de reformas no Congresso, em contraste com o que chamou de “revelação de conversa gravada clandestinamente”. Para Temer, a notícia “trouxe de volta o fantasma de crise política”. “Nós não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho feito pelo país”, disse.