A marca da Fênix
‘Não sou feita de meio-tom ou moderação, pois ardo como as labaredas em ebulição’
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Sou o fogo que não pede licença,
Incandescente em cada raiz,
Não conheço a arte da paciência,
Vivo em versos, em caos e cicatriz.
Meu sorriso é vulcão em atividade,
Minhas lágrimas, marés incontroláveis,
Até o meu silêncio traz a profundidade,
De sentimentos intensos e inevitáveis;
Não sou feita de meio-tom ou moderação,
Ou ardo em labaredas e chamas em ebulição,
Ou mergulho na noite mais sombria,
Rasgando o céu com a asa de uma águia!
Intensidade é meu nome secreto:
No amor, sou furacão em deserto,
Na dor, tempestade que não faz segredo,
Na calma, ainda sou o vento aberto;
Criticam meu “demais”, minha chama viva,
Mas cinzas nunca foram minha sina:
Prefiro incendiar a destemperança morna,
Pois só quem queima, entende a luz que habita.
Sou o excesso que a vida me ensinou,
O pulso acelerado em descompasso,
E se, um dia, meu brilho quase se apagou,
Saibam: resisti com todo o meu abraço.
