O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, relator do processo que recomendou a reprovação das contas do governo federal de 2014, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 29, que as chamadas “pedaladas fiscais” não vinham acontecendo em anos anteriores.
O principal argumento de defesa do governo federal no processo de análise das contas de 2014 foi o de que as práticas utilizadas foram usadas anteriormente, incluindo outros governos.
Em palestra a universitários promovida pelo Ibmec-RJ, no Rio de Janeiro, Nardes mostrou um gráfico com dados para refutar o argumento da defesa do governo. “Há aqui um pequeno desvio, mas não vinha acontecendo de forma absurda”, afirmou o ministro.
Segundo ele, seu relatório apontou irregularidades nas contas de 2014 que somam R$ 106,4 bilhões, incluindo cerca de R$ 40 bilhões em “pedaladas” com bancos públicos e também outras ilegalidades, como abertura de crédito sem aprovação do Congresso.