Achados & perdidos
Nas perdas e memórias estão as histórias vivas ou ainda as por contar

Quando a memória vira notícia de jornal
É hora de voltarmos no tempo
(a nado, a pé, no imaginário ou como der)
O fato aqui é que –
Sem pressa, ao sabor do momento
O que diriam os objetos?
Entre achados & perdidos
É fácil encontrar:
Fotos já amareladas pelo tempo, cartões-postais,
velhas cédulas e até cartas de casais
O que não falta nesse catálogo (de perdas & memórias):
São histórias vivas
ou ainda por contar
Será? Bom, quem conta um conto aumenta um ponto
Esquecidas (ou autoapagadas)
Elas se perdem em livros ou viram objetos de desejo
Relíquias ou apenas peças retiradas de um álbum?
Do mural na parede …
Sinto o cheiro do instante (que não volta mais)
Ouço o coro efusivo de uma cantata feliz
Sou agora passageiro ou testemunha ocular?
O fato é que –
Um arcabouço (em mim) emerge
Em meio a poeira (do tempo) que se instala
Sento à velha poltrona (agora vintage)
e escrevo entre uma xícara e outra de café
imersa na página em branco
Me encontro aqui parada no tempo
E defronte aos objetos (em vitral) na parede
(Re)crio reminiscências & devaneio
