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Desfazendo mistérios

Nasa estuda rochas lunares colhidas há 50 anos

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Autor/Imagem:
Daria Bedenko - Vis Sptuniknews - Foto Divulgção

A NASA decidiu abrir amostras lunares da era Apollo nunca antes abertas, a fim de se preparar para um retorno futuro.

As amostras foram abertas no Centro Espacial Johnson da NASA em Houston pela Divisão de Pesquisa e Exploração de Astromateriais (ARES). A razão para esperar tanto tempo é que a NASA queria que a tecnologia melhorasse antes de estudar as amostras, e parece que finalmente chegou a hora.

“Compreender a história geológica e a evolução das amostras lunares nos locais de pouso da Apollo nos ajudará a nos preparar para os tipos de amostras que podem ser encontradas durante o Artemis. Artemis pretende trazer de volta amostras frias e seladas de perto do Pólo Sul lunar. Esta é uma emocionante oportunidade de aprendizado para entender as ferramentas necessárias para coletar e transportar essas amostras, analisá-las e armazená-las na Terra para futuras gerações de cientistas”.

O programa ANGSA foi projetado especificamente para examinar as amostras lunares “fechadas e intocadas”. Em 1972, os astronautas Eugene Cernan e Harrison “Jack” Schmitt coletaram uma amostra do tubo de acionamento da Apollo 17. Eles martelaram um par de tubos conectados de 1,5 por 14 polegadas na superfície lunar para coletar segmentos de rochas e solo. Antes de trazer as amostras de volta à Terra, os astronautas selaram a vácuo um dos tubos de acionamento.

Apenas dois tubos de acionamento foram selados a vácuo na Lua, de acordo com a NASA. Este é o primeiro a ser aberto.

As amostras também pode conter voláteis (substâncias que evaporam em temperaturas normais, como gelo de água e dióxido de carbono), então os cientistas ficaram “animados” para tentar extrair o gás deles.

“Muitas pessoas estão ficando animadas”, disse Zeigler. “O Chip Shearer da Universidade do Novo México propôs o projeto há mais de uma década e, nos últimos três anos, tivemos duas grandes equipes desenvolvendo o equipamento exclusivo para torná-lo possível”.

Após cinco décadas de espera, a NASA obteve os equipamentos necessários para extrair e coletar o gás. O dispositivo é chamado de coletor: ele pode perfurar o recipiente que contém a amostra lunar sem deixar escapar nenhum gás.
A equipe científica iniciou a extração do gás do tubo que continha a amostra em meados de fevereiro. É um processo longo: primeiro, os cientistas precisam abrir o tubo protetor externo e garantir que qualquer gás dentro dele seja capturado e, em seguida, perfurar o recipiente interno em busca de qualquer gás lunar que, esperançosamente, permaneça lá. Após a extração do gás – provavelmente no final da primavera – a equipe passará a explorar o solo e as rochas do contêiner.

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