Chega-me de Brasília, com escala em Belo Horizonte, uma notícia sobre um amigo que me envaidece. Eu o conheci no final de 2010. Foi-me apresentado simultaneamente pelo recém-eleito governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz e seu futuro chefe da Casa Civil Cláudio Monteiro. Seu nome, Marcello Lopes. “Marcellão, às suas ordens”, disse-me, com um sorriso largo, embora não suficiente para cobrir seu corpanzil.
Desde então, acompanho entre um plá ou outro, mesmo à distância, a carreira de um profissional que fez um cálice transbordar no mercado da Publicidade e da Propaganda de Brasília e regar praças do Rio de Janeiro, São Paulo e agora também de Minas Gerais. Dono de um perfil de publicitário incomparável, com viés de marketing político, ele abraça a profissão com a fé de quem sabe onde está pisando.
A amizade e o respeito se traduzem em carinho e afeto. Acredito que mútuos. Conhecendo Marcellão, conheci sua família. Dos pais e irmã aos filhos, passando por tios e amigos em comum, fui me aprofundando na sua história. Seria capaz de escrever um romance, mas por ora, me aterei a algumas poucas linhas.
Ele chegou a Brasília ainda menino, procedente do Rio de Janeiro, onde nasceu. O choro do bebê ecoou pelos corredores de uma maternidade carioca. Ainda no berço, o menino mostrava estar destinado a grandes feitos. Com a infância moldada pelas praias cariocas e o jeitinho acolhedor do povo fluminense, ele vivia uma vida tranquila, repleta de sonhos. E cercado por ondas pontuais de violência, imaginou-se policial capaz de garantir paz e segurança à sociedade.
O destino traçou planos não tão diferentes para ele. Foi quando seus pais decidiram mudar-se para Brasília, em busca de novas oportunidades. A mudança para a capital da República não foi fácil. Ele teve que se adaptar a um novo ambiente, fazer novos amigos e entender a dinâmica de uma cidade planejada, tão diferente do Rio de Janeiro.
Em Brasília, Marcellão cresceu e viu-se cidadão. Com o velho e ardente desejo de servir à comunidade, soube fazer a diferença, ingressando na Polícia Civil. A profissão era dura e desafiadora, mas ele a abraçou com determinação e coragem. A cada caso resolvido, a cada injustiça corrigida, ele sentia que estava contribuindo para um mundo melhor.
No entanto, havia uma chama criativa dentro dele que nunca se apagava. Entre investigações e patrulhas, Marcellão se via fascinado pelo mundo da Comunicação e do Marketing. Começou a estudar publicidade nas horas vagas, devorando livros, fazendo cursos online e conversando com profissionais da área. Logo surgiu a Plá. Visionário, ele tomou uma decisão corajosa: deixar a carreira policial e seguir sua verdadeira paixão.
Com a mesma determinação com que investigou criminosos, ele mergulhou no mundo da publicidade. Inicialmente, acompanhou os passos de pequenas agências, onde aprendeu os truques do trade. Mas seu talento e visão eram inegáveis. Em pouco tempo, a Plá emergiu em Brasília, com início modesto, mas sempre com olhos voltados para o futuro.
Plantando sementes de criatividade e inovação na capital da República, Marcellão rapidamente se destacou no mercado. Suas campanhas ousadas e cheias de vida conectavam-se profundamente com o público. Seu trabalho começou a ser reconhecido não apenas em Brasília, mas em outras regiões do país. Clientes de diferentes estados começaram a buscar sua expertise, e a agência, agora só sob o comando dele, virou Cálice. E cresceu exponencialmente.
Hoje, Marcellão é um renomado publicitário e marqueteiro, conhecido por suas estratégias inovadoras e campanhas de sucesso que impactam milhões de brasileiros. O rapaz que nasceu no Rio de Janeiro e foi criado em Brasília transformou sua paixão em uma carreira de sucesso, colhendo frutos de uma semente que fincou raízes em terras cariocas, paulistas, mineiras… Tudo com base em criatividade e inspiração.
A Cálice tem em sua carteira de clientes as contas publicitárias de alguns ministérios do governo Lula-3, de instituições com sedes no Rio e São Paulo que atuam a nível nacional, de empresas públicas e privadas, de candidatos a prefeituras das mais diferentes capitais. A história de Marcellão se mistura com a história do mercado de Brasília e do Brasil. Se há uma pedra no meio do caminho impossível de ser escalada, ele contorna. Pode até mesmo, eventualmente, dar um passo atrás para avançar dois. Mas não recua dos seus objetivos.
A propósito, por falar em dois, 2026 está logo ali. Ao contrário de baiano burro que nasce morto, Marcellão está mais vivo do que nunca. Discreto (ele é capaz de me puxar as orelhas por conta deste texto) Marcello Lopes deve surgir como um trator para fazer e acontecer nas eleições proporcionais e majoritárias que estão por vir. Conhecedor de Brasília como poucos, ele terá as condições necessárias para fazer um nome de sua escolha escalar com sucesso ao menos um dos palácios que balançam no Eixo Monumental.
Sinônimo de caráter, determinação e garra, Marcellão sabe onde pisa. Agora, é só bater as asas e voar cada vez mais alto, como uma harpia que caça animais peçonhentos e enriquece o solo que abriga o dossel de buritis. Logo logo dará samba, como São Paulo dá café e Minas jorra leite para um cálice cheio de diamantes.