A partir desta segunda, 4, Natal, no Rio Grande do Norte, se torna palco de um cenário de guerra fictícia como parte da maior manobra de guerra aérea da América Latina, o exercício Cruzex (Cruzeiro do Sul). Com a participação de aproximadamente 100 aeronaves e militares de oito países, incluindo o Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal (este como convidado especial), o evento é um importante exercício militar de treinamento e cooperação.
Entre as aeronaves em destaque, o Brasil utilizará pela primeira vez no exercício seus novos caças F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira, além dos modelos F-5M e AMX A-1, e o avião de transporte KC-390. Os Estados Unidos trazem seus caças F-15 e o avião de reabastecimento KC-46, enquanto o Chile participa com seus caças F-16.
Além da simulação aérea, militares de seis países vão conduzir atividades de guerra cibernética e espacial, e outras oito nações enviaram observadores. Essa é a nona edição do Cruzex, sendo a última realizada em 2018, e ocorre em um momento sensível para a FAB, que recentemente sofreu a perda de duas aeronaves, incluindo um caça F-5.
O exercício também coincide com tensões diplomáticas na região, especialmente entre Brasil e Venezuela, agravadas pela disputa de fronteira da Venezuela pela região de Essequibo, na Guiana, e a recente decisão do Brasil de não reconhecer a vitória eleitoral de Nicolás Maduro e de vetar a entrada da Venezuela nos Brics. Esses fatores aumentam a relevância do Cruzex para o treinamento das Forças Armadas do Brasil e dos países aliados participantes.