Pedro Nascimento, Edição
O naufrágio de um barco deixou 14 refugiados em Mianmar nesta quinta-feira, 28. Uma ofensiva militar no Estado de Rakhine fez com que mais de 500 mil pessoas fugissem para Bangladesh – milhares de habitantes na região permanecem sem comida, abrigo e cuidados médicos.
Refugiados ainda fogem do país mais de um mês depois que insurgentes muçulmanos rohingya atacaram postos de segurança perto da fronteira, desencadeando violenta retaliação militar de Mianmar, que a Organização das Nações Unidas classificou como uma limpeza étnica.
Para a ONU, existe uma “política calculada do terror”, que inclui “obrigar as pessoas a abandonarem suas cidades, a destruição completa de povoados e o confisco de bens”.
Grupos internacionais de ajuda humanitária no país pediram que o governo permita livre acesso ao Estado de Rakhine. Mianmar tem impedido organizações não-governamentais e agências da ONU de conduzir a maior parte de seu trabalho na região, onde os ataques começaram em 25 de agosto.
“ONGs em Mianmar estão cada vez mais preocupadas com as severas restrições ao acesso humanitário e impedimentos à prestação da assistência humanitária em todo o Estado de Rakhine”, disseram grupos de ajuda, em comunicado. “Exortamos o governo e autoridades de Mianmar a garantir que todas as pessoas com necessidade no Estado de Rakhine tenham livre acesso à assistência humanitária.”