O São Paulo desperdiçou a chance de entrar no G4 do Campeonato Brasileiro ao ficar no empate por 0 a 0 com o Sport, nesta segunda-feira, no Morumbi, pela 37ª rodada. Nenê perdeu um pênalti no segundo tempo e saiu de campo vaiado quando foi substituído. O time criou poucas chances e não conseguiu marcar diante da segunda pior defesa do torneio.
Foi o 15º empate do São Paulo no Brasileirão. É o time que teve mais igualdades no torneio. No final do jogo, parte da torcida protestou e chamou o time de “amarelão”, uma referência à chance que o time desperdiçou de chegar ao G4.
Na última rodada, para garantir a vaga direta na Libertadores, o time de André Jardine terá de vencer a Chapecoense fora de casa e torcer contra o Grêmio no jogo com o Corinthians, em Porto Alegre.
Para escapar da zona do rebaixamento, o Sport tem de vencer o Santos, em casa, e torcer contra outros clubes, pois hoje é apenas o 18º colocado, com 39 pontos. O time pernambucano manteve um tabu, pois nunca venceu o rival jogando em São Paulo. Foram 20 jogos com 18 vitórias do time paulista e dois empates.
Em sua primeira partida após ser efetivado como técnico do São Paulo, André Jardine apostou nos garotos. Araruna e Liziero ganharam os lugares dos desfalques Bruno Peres e Hudson; Helinho apareceu como atacante aberto pelo lado direito. O plano tático estava bem definido: Helinho fez dupla com Araruna pela direita enquanto Everton ajudava Reinaldo na esquerda. Recuperado de dores no joelho direito, Diego Souza voltou a ser a referência no ataque.
O time conseguiu melhorar a lentidão e a falta de dinamismo, problemas crônicos nos últimos jogos. Houve iniciativa e busca pelo resultado. Mesmo assim, faltou criatividade para furar o bloqueio de cinco defensores. O time tinha um problema sério para transformar a enorme posse de bola em chances de gol. Faltou adiantar Liziero para que chegasse mais à área. Outro problema foram os erros de passes, que prejudicaram a construção das jogadas durante toda a partida.
Por outro lado, Nenê apareceu bem como armador com a liberdade de atacar ao lado de Diego Souza. Aos 15 minutos, ele teve uma boa chance em um contra-ataque, mas finalizou mal. Ele quase se redimiu dois minutos quando bateu forte à esquerda do goleiro Maílson. Foi a figura mais atuante no primeiro tempo. Aos 24 minutos, as câmeras de TV flagraram um puxão de Claudio Winck em Diego Souza. A arbitragem não viu o que seria um pênalti. Outro ponto positivo foi a atuação de Helinho, driblador, objetivo e com boas finalizações.
O time pernambucano conseguiu sair da defesa e criar boa jogada aos 37 minutos, quando funcionou a estratégia do contra-ataque. Bruno Alves salvou a finalização perigosa de Gabriel após contra-ataque.
O São Paulo criou boas chances quando Liziero entrou na área. Foram duas. Na primeira, a finalização de Nenê saiu fraca, nas mãos do goleiro. Na segunda, já no início da etapa final, Nenê chutou bem, pegou em cheio na bola, mas Maílson fez grande defesa.
Sem conseguir abrir o placar, o time do Morumbi ficou mais afobado e tenso. Mais erros de passe, menos chances de gol. Uma das raras finalizações foi a de Helinho, aos 27. Dois minutos depois, o árbitro André Luiz de Freitas Castro marcou pênalti de Winck em Everton. Lance polêmico, com muita reclamação dos pernambucanos.
Nenê desperdiçou o pênalti, defendido pelo goleiro Maílson. Mesmo com pouca organização e apostando apenas nas bolas aéreas, o time teve a chance da vitória aos 45, quando Tréllez acertou um cabeceio na trave.