Em sessão solene de abertura do ano legislativo no Congresso Nacional, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 5, que as reformas do Estado são os únicos meios de garantir a igualdade de oportunidades na sociedade brasileira. Segundo Maia, se as reformes das despesas públicas não forem feitas, “ninguém” conseguirá governar o País.
“As reformas das despesas do Estado são o único caminho para garantir a igualdade de oportunidades que todos precisamos. Por isso tenho dito nos meus discursos que ninguém governa o Brasil se as reformas das despesas não forem feitas”, afirmou.
Cotado para ser candidato à Presidência pelo DEM, Maia direcionou sua fala ao “cidadão comum” e defendeu que a classe política “fale a verdade” para jovens, desempregados e os quatro milhões de brasileiros que voltaram à extrema pobreza nos últimos meses.
“A situação dos Estados é cada vez pior e o cidadão comum é que paga conta. Como deputado de um Estado que quebrou, e enfrenta uma crise na área de segurança pública sem precedentes, tenho convicção de que falando a verdade é que o a política vai se reconciliar a com a sociedade”, defendeu. “Será que o Estado brasileiro protege e prioriza seu trabalhador mais simples?”, questionou.
Maia voltou a dizer que a reforma da Previdência, cuja votação na Câmara está prevista para este mês, veio para garantir a “igualdade que a sociedade está esperando da política brasileira”. Ele afirmou não ter “constrangimento” de defender a proposta.
“A sociedade vem reclamando um Brasil mais simples e igual. É isso que a sociedade exige de cada um de nós. Não tenho nenhum problema de dizer que a reforma da Previdência não vem para beneficiar ninguém que ganha no teto. Estamos falando de quem ganha mais no poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa Previdência vem pra garantir igualdade. É essa igualdade que a sociedade está esperando da política brasileira”, disse.
Maia ainda falou sobre a agenda do Legislativo para o ano de 2018. Ele citou temas relacionados à segurança pública, projetos de microeconomia e a privatização da Eletrobras como exemplos de pautas que devem ter prioridade na Casa.