José Maria Tomazela
O agricultor Cleonei Santos, de 27 anos, morador de Arandu, interior de São Paulo, rodou cerca de 20 quilômetros com seu carro antes de descobrir que havia um homem morto no banco traseiro. Sem saber como o defunto foi parar no interior do veículo, ele entrou em contato com a polícia.
“Só descobri quando passei uma lombada e o corpo pulou. Olhei para trás e havia um homem deitado no banco traseiro”, contou aos policiais. Só quando saiu do carro e abriu a porta para retirar o intruso, ele percebeu que levava um defunto.
Santos contou que tinha ido à casa da namorada, na quarta-feira, 8, em Avaré, cidade vizinha. Ele estacionou o veículo em frente à casa, no Jardim Tropical, e saiu com ela a pé para almoçar. Quando voltou, duas horas depois, despediu-se da jovem, entrou no carro e seguiu de volta para casa. Só meia hora depois se deu conta de que levava o corpo. “Eu tinha sentido um cheiro estranho, de suor e falta de banho, mas não notei que havia alguém no carro. Quando mexi nele e vi que o corpo estava duro e frio, foi um susto enorme.”
À polícia, ele disse que não se lembra de ter travado o veículo. “A rua é tranquila e às vezes deixo o carro aberto.” A namorada do agricultor, Jaqueline Oliveira, de 18 anos, confirmou a história contada pelo rapaz. De acordo com a Polícia Civil, o morto é morador do mesmo bairro e foi identificado por familiares. Eles disseram que a vítima, de 37 anos, tinha problema de alcoolismo.
Como o corpo não apresentava sinais de violência, a polícia acredita que o homem pode ter passado mal e entrado no carro para descansar. O corpo passou por exame no Instituto Médico Legal (IML) de Avaré, mas o resultado não ficou pronto. O agricultor e a namorada não são considerados suspeitos, mas a morte será investigada.