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Jerusálem

No Museu do Holocausto, Merkel ataca o antissemitismo

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira, 4, em visita ao Memorial do Holocausto, em Jerusalém, que a Alemanha tem a “responsabilidade perpétua” de recordar e combater o antissemitismo. Merkel, que chegou na quarta-feira a Israel para uma visita de um dia, declarou que a viagem coincide com a proximidade do aniversário de 80 anos da Noite dos Cristais, a onda de ataques contra judeus em 9 de novembro de 1938, que é considerada o marco do projeto nazista de exterminação do povo judeu e provocou uma “violência e um ódio sem precedentes”.

“Deste período deriva a responsabilidade perpétua da Alemanha de manter viva a memória deste crime e de se opor ao antissemitismo e à xenofobia”, escreveu Merkel no livro de visitas do Memorial do Holocausto.

A chanceler viajou para Israel em um momento de preocupação com o avanço do antissemitismo em seu país, o que também deixa o governo de Israel inquieto. “Infelizmente, há muito antissemitismo na Alemanha”, disse Merkel pouco antes da viagem. “Os judeus que vivem no país são uma riqueza para nós.”

Merkel e o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, se reuniram em um contexto de claras divergências entre Israel e os países europeus, em particular sobre o acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015 pelas principais potências globais, do qual Donald Trump resolveu se retirar, em maio.

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