Sussurros profundos
No recanto da alma, versos se mesclam à melancolia

Na intimidade da alma,
onde os segredos
se entrelaçam aos desejos,
lá onde a luz nunca se apaga
e a essência permanece eterna.
No recanto mais secreto da alma,
os versos se mesclam à melancolia,
revelando tristeza e saudade
como uma canção que ecoa
em um tom suave e distante.
As almas guardam segredos antigos,
não ditos, mas sonhados,
histórias de guerras esquecidas
e amores eternos,
de donzelas esperançosas
e casadas apaixonadas,
onde cada segredo adormecido
se transforma em um verso não revelado.
Cada alma caminha lentamente
pela escuridão da solidão,
carregando lágrimas silenciosas
e memórias intocadas.
Nos livros do tempo estão os poemas
que nenhum poeta ousou ler,
pois foram escritos pela espera infinita,
pela carta que nunca foi enviada,
pela volta que jamais aconteceu.
As letras, bordadas com a tristeza,
tingidas pela saudade,
solidificadas nas horas intermináveis
das madrugadas solitárias,
contam histórias de amor e dor.
Cada poema, gravado nas almas errantes,
carrega rimas perfeitas,
como as palavras ditas
pelos amantes sob noites enluaradas,
ecoando na eternidade.
Esse solo sagrado da alma
só pode ser pisado
pela imaginação de um poeta quase adormecido,
aquele que vive entre sonhos,
que desenha versos
com o toque leve da esperança,
e faz da sua própria essência
um cântico de saudade.
