Para abordar este tema vou começar escrevendo de uma forma simples sobre a Roda da Fortuna – uma das cartas do Tarot. É mais ou menos assim que este arcano maior “nos fala”, claro que é uma interpretação livre: “Não há bem que sempre dure, nem há mal que nunca acabe…”
Por isso mesmo que existem tantos livros de autoajuda que se fixam na última parte desta máxima; que na verdade é tirada de um dito popular português. Dando um grande incentivo a quem se encontra aflito e decepcionado por não conseguir sair da crise que se encontra. Principalmente se já faz um tempo considerável que se está parado no mesmo lugar, não dá para não se sentir realmente desanimado vez por outra.
Por isso a importância da Roda da Fortuna neste momento, ‘quiçá’ em todos os momentos de nossas vidas. Esta carta nos lembra que não podemos esquecer que “tudo passa”, como na natureza a vida é feita de ciclos e que precisamos ficar atentos a eles para não desperdiçarmos as melhores sementes justamente porque existem épocas que são propícias para o plantio. Afinal tempos de escassez podem ocorrer sem dar aviso prévio e podem permanecer por uma longa temporada.
Precisamos ter consciência de que “coisas ruins também acontecem para pessoas boas”, para terem uma ideia, esta frase dá nome a um livro de um pastor que conta sua história de revolta religiosa com a perda de seu filho com câncer, ele questiona a Deus e a toda sua vida de bondade e religiosidade quando fica sabendo do diagnóstico fechado do filho. Se coisas nefastas não acontecessem a pessoas boas, mães e pais de Papas não ficariam doentes ou morreriam, não é mesmo?
Então saber lidar com as crises que nos assolam quer queiramos ou não é no mínimo uma coisa boa, de saída, diria que é uma ótima! Afinal, crise faz parte! Da vida e na vida de qualquer pessoa que seja, de tempos em tempos ela acaba acontecendo como prenuncia a carta da Roda da Fortuna.
Claro que para a maioria das pessoas parece que uma vez instalada – a crise, ela não vai mais embora, o que tem causado com frequência uma baixa considerável na autoestima da grande maioria das pessoas. Desacreditar de si mesmo pode ser um balde de negatividade derramado sobre a cabeça da maioria das pessoas, o que tem um grandioso efeito paralisante.
Poucos aguentarão manter a confiança no universo e aprender com os próprios erros, entendendo que a negatividade certas vezes ou, quem sabe, muitas vezes começa em nosso íntimo. São exatamente nesses momentos em que estamos dentro do redemoinho que precisamos confiar e usar toda criatividade e inteligência a nosso favor, nos deixar levar sem lutar contra essa força poderosa que nos carrega, arrasta corrente afora, até que possamos entender por onde subir e encontrar um caminho onde está a luz, ou seja, sempre no alto.
Durante o período de adversidades, que realmente pode ser longo, a base irá balançar, isso pode acontecer e é preciso entender que tudo bem, isso não é fraqueza. As crises são duras, de fato. O que precisamos mesmo é ficar de olho no tempo que se leva preso ou paralisado nesta situação. Quanto mais tempo, mais problemas para recompor uma autoestima detonada.
Então vejamos, nem sempre podemos deter a crise que eclodiu, seja ela a crise que se instalou em seu trabalho, relacionamento ou até no país. Às vezes demora para que todas as peças voltem ao lugar certo e a vida siga seu rumo novamente.
No entanto, sempre podemos melhorar, pense nisso, a Roda da Fortuna sempre gira, a cada momento estamos descendo para logo a seguir voltar a subir. Portanto, a melhor coisa a fazer é nos fixarmos no centro da roda. Manter a cabeça fria e a meta clara para aguentar as agruras das crises e talvez aprender com ela para sairmos fortalecidos.
Um coração compassivo pode manter a autoestima em um lugar melhor durante as crises, o que também irá poder auxiliar a sair de situações difíceis e penosas. Estabelecendo uma forma inteligente e sem pressão para que se possa ir seguindo em frente através de boas estratégias para aplicar durante a crise, algo que possa ajudar a superá-la.