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Nordeste deixa de comer gilete para saborear manjar do Olimpo

Cantado em verso e prosa do Oiapoque ao Chuí, o Nordeste brasileiro é rico em história, cultura e diversidade, que desempenham um papel fundamental na identidade e no desenvolvimento do país. Composta por nove estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe – a região abriga uma população diversificada e vibrante, que contribui de maneira significativa para o tecido social, econômico e cultural do Brasil.

A população nordestina é conhecida por sua hospitalidade, criatividade e resiliência diante dos desafios. A região possui uma mistura única de influências culturais, que vão desde as tradições indígenas e africanas até as influências europeias, refletidas na música, dança, culinária e artesanato locais.

Em termos de população, o Nordeste é uma das regiões mais densamente povoadas do Brasil, com uma grande diversidade étnica e cultural. Suas cidades são marcadas por uma arquitetura histórica e paisagens urbanas vibrantes, enquanto suas áreas rurais sustentam uma variedade de modos de vida, desde a agricultura de subsistência até a produção em larga escala de commodities agrícolas.

No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), o Nordeste tem uma contribuição significativa para a economia brasileira, embora ainda enfrente desafios em termos de desigualdade e desenvolvimento econômico. Os setores agrícola, industrial e de serviços desempenham papéis importantes na economia da região. Além disso, o turismo é uma fonte crucial de receita, com praias deslumbrantes, paisagens naturais exuberantes e uma rica herança cultural que atrai milhões de visitantes todos os anos.

No entanto, é importante reconhecer que o Nordeste também enfrenta desafios significativos, como a pobreza, a desigualdade social, a seca e a falta de acesso a serviços básicos. Apesar disso, o povo nordestino continua a demonstrar uma resiliência notável, encontrando maneiras de prosperar e preservar suas tradições em meio a adversidades.

Em termos de importância para o Brasil, o Nordeste desempenha um papel crucial em diversos aspectos. Além de sua contribuição econômica, a região possui uma influência cultural marcante que enriquece a diversidade nacional. É uma região estrategicamente importante para a segurança alimentar do país, sendo uma das principais áreas de produção agrícola.

O Nordeste, porém, pode ser mais. Políticas públicas que visem reduzir as disparidades regionais e promover o desenvolvimento sustentável são essenciais para garantir que seu potencial seja plenamente realizado. O sertanejo dá muito ao Brasil, mas o retorno para o nordestino é pouco. Encravado entre o ‘Sul maravilha’ e a abundância das florestas da Amazônia, seu povo espera mais do Estado. Somente assim todos os brasileiros poderão desfrutar dos benefícios de uma nação mais justa e próspera.

É chegada a hora de a União atender aos lamentos de Patativa do Assaré e de Luiz Gonzaga. O Nordeste é a bela da tarde na voz de Alceu Valença com que todos sonhamos; é um Domingo no Parque, mas sem tragédia, cantado por Gilberto Gil; é celeiro dos mesmos meninos do Rio que ganharam o mundo na interpretação de Caetano Veloso.

O Nordeste não é só cacto, ou pau e pedra, como diria Tom Jobim. É açúcar, petróleo, álcool, automóveis e outras riquezas. O Nordeste, como soa da boca dos nordestinos, ‘é nosso país’, política e socialmente pujante.

É esse Nordeste que ganha a partir de agora mais espaço na mídia nacional. É fruto da iniciativa de Notibras, de instalar uma sucursal na região para mostrar que ‘pau de arara’ era um instrumento empregado pela ditadura militar para torturar presos políticos, e não sinônimo de um povo.

O Nordeste tem futuro. Foi-se o tempo de comer gilete na praia de Copacabana. É chegada a hora de desfrutar do manjar dos deuses do Olimpo.

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