Neste domingo de sol, um cenário incomum tomou conta das praias do Nordeste. Geralmente cheias de turistas e moradores locais aproveitando o fim de semana, as praias amanheceram praticamente desertas. O motivo? Eleições municipais para prefeitos e vereadores, uma data que mobiliza toda a população.
De norte a sul da região, as longas faixas de areia, que normalmente estariam repletas de cadeiras, guarda-sóis e vendedores ambulantes, estavam vazias. Muitos bares e quiosques também permaneceram fechados, um reflexo do compromisso cívico dos nordestinos, que saíram em massa para exercer seu direito de voto.
Com a previsão de temperaturas elevadas e um céu sem nuvens, o contraste com o habitual cenário das praias chamou a atenção. As ruas que levam aos principais pontos turísticos estavam tranquilas, sem o habitual trânsito de veículos de veranistas. Em vez disso, as movimentações concentraram-se nas proximidades dos colégios eleitorais, que registraram longas filas desde o início da manhã.
Nas cidades litorâneas, os poucos que se aventuraram até a beira-mar eram, em sua maioria, turistas de outras regiões do país que não estavam aptos a votar. Mesmo assim, muitos relataram a surpresa ao encontrar as praias quase vazias em pleno domingo de sol, algo considerado raro no Nordeste.
As eleições municipais no Brasil são um momento de forte envolvimento popular, e no Nordeste, onde o senso de comunidade é muito presente, isso fica ainda mais evidente. A ausência de multidões nas praias neste domingo mostra a importância que os nordestinos dão à participação política, trocando o lazer pelo dever cívico. Em cidades como Recife, Salvador e Fortaleza, a movimentação intensa nos locais de votação refletia esse engajamento.
Ao fim do dia, espera-se que a contagem dos votos reflita a alta participação, e os resultados comecem a definir os rumos das cidades para os próximos quatro anos. Após a conclusão do processo eleitoral, as praias certamente voltarão a ser o ponto de encontro de sempre, mas neste domingo, elas foram um símbolo silencioso do comprometimento do povo nordestino com o futuro de suas comunidades.