Tijolos amarelos
Nossa estrada tem lendas que servem como lições
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emO que nos faz seguir, dia após dia, um caminho que não sabemos onde terminará? Traçamos um roteiro e vamos em frente. Imaginamos que, ao final da caminhada, encontraremos nosso Pote de Ouro, tal e qual as
historinhas que ouvíamos quando crianças… mas ao chegar ao final do Arco Íris descobrimos que ele está além de nossa visão…
As lendas que ouvimos quando pequenos são mapas que nos dão, para que sirvam de norte quando começarmos nossa jornada sozinhos. Como os filhotes de pássaros, chega uma hora em que somos “expulsos” do ninho,
para desbravarmos o mundo com nossas próprias asas. Nosso sucesso depende do quanto nossos amados genitores conseguiram nos ensinar, pois só assim venceremos as dificuldades à nossa frente…
Tudo o que precisamos é colocar em ação as lições que aprendemos quando ainda éramos protegidos pelo ninho acolhedor de nossos pais. Quando, ao menor sinal de perigo, os dois se colocavam à frente para nos defender. Não que eles deixem de fazer isso quando crescemos, mas chega um certo momento que essa é nossa obrigação… cortar o cordão umbilical…
A estrada de tijolos amarelos nem sempre é visível para nossos olhos. Porque somos distraídos por outras metas que não nossa felicidade plena. Não que abramos mão desse sonho. Mas porque quimeras mil esvoaçam sobre nós, prometendo maravilhas que jamais alcançaremos se nos afastar do caminho original…
mundo é cheio de distrações. E todas elas vêm em embalagens sedutoras, nos prometendo mil e uma alegrias e só o que trazem são tristezas sem fim. Cabe a nós separar o joio do trigo, como se costuma dizer. O problema é que muitas vezes não conseguimos identificar o que é joio e o que é trigo, e acabamos por descartar aquilo que seria bom para nós…
Quando ouvimos, extasiados, que a mãe d’água costuma recompensar aqueles que conseguem entender seu canto, nosso desejo mais íntimo é que a encontremos para reclamar nosso quinhão. Geralmente a encontramos. Mas, como nossa visão sobre o que seria o tesouro é distorcida, pois pensamos em bens materiais e não recompensa espiritual, nos decepcionamos com nossa paga, sem perceber que aquilo que ela nos deu é tudo o que poderíamos desejar…
Nem sempre o Conhecimento é reconhecido por nós como o maior presente que poderíamos obter… porque em nossa imaginação o Pote de Ouro vem repleto de metal amarelo, em forma de moedas… mas as moedas nada mais são que as ciladas que encontraremos em nossa caminhada, e apenas o Conhecimento poderá nos ajudar a vencer esses obstáculos…
E assim vamos seguindo nossa senda, tropeçando a cada passo, rumo ao nosso destino. Quiçá abramos os olhos durante a jornada e percebamos a tempo a diferença entre as estradas que encontrarmos… e que tenhamos a Sabedoria de escolher o caminho que nos conduzirá ao Paraíso…