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A falta de foco

Nosso tempo de atenção já é menor que de um peixe dourado

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

Você já deve ter se percebido em um momento em que estava fazendo algo importante, mas, sem nem saber como, acabou pegando o celular e dado uma olhada no Whatsapp, no Instagram ou no Facebook. Se precisávamos de um estudo para comprovar que é cada vez mais difícil estar focado em uma tarefa, aqui está.

Uma pesquisa científica realizada pela consultoria WGSN Mindset, com o foco como tema, concluiu que o tempo médio de atenção caiu de 12 segundos em 2000 para oito segundos agora. Isso é menos do que o período de atenção de um peixe dourado, que é de nove segundos, segundo o Statistic Brain.

O desejo de estar conectado o tempo todo faz com que a gente tente estar prestando atenção em tudo, mas muitas vezes o fato é que não nos concentramos em nada. E a sobrecarga de informações pode ocasionar um esgotamento do cérebro e o aumento do estresse, duas situações que podem desencadear dores de cabeça.

A dra. Célia Roesler, Diretora da Sociedade Brasileira de Cefaleia, afirma que “A sobrecarga de informações, principalmente com o aumento do consumo de conteúdo digital, pode ocasionar um esgotamento do cérebro e o aumento do estresse. Ambas as situações podem desencadear a dor de cabeça e devem ser combatidas por meio de uma aposta em um estilo de vida mais saudável e equilibrado”.

A conclusão da WGSN é de que a era da ansiedade, o esgotamento cerebral, a dor da pós-verdade, a autoexigência e o barulho são as cinco tendências que causarão mais dor de cabeça no futuro. A isso se soma um estudo que indica que a simples presença do celular é capaz de nos distrair, mesmo que não estejamos mexendo nele.

Se você chegou até o final deste texto sem se distrair, parabéns: você consegue se manter focado por mais tempo que a média da população – e que um peixe dourado também, é claro.

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