Marta Nobre
O Palácio do Planalto divulgou nota à Imprensa, negando que o presidente Michel Temer tivesse incentivado pagamento de uma mesada a Eduardo Cunha em troca de silêncio, conforme delação dos diretores da Friboi à Procuradoria-Geral da República.
O texto passou pelo crivo do próprio Temer e de seus assessores diretos, como os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo).
Também foram consultados sobre a nota o secretário de Comunicação Social, Márcio Freitas, e o porta-voz, Alexandre Parola. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do governo no Senado Romero Jucá (PMDB-RR), participaram da reunião que antecedeu a divulgação do texto, transcrito a seguir.
NOTA À IMPRENSA
O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.
O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República.
O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados.