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Notibras pede investigação sobre lavagem de dinheiro no Buriti

Foto/Arquivo Notibras

O Grupo Notibras de Comunicação vai pedir nesta quarta-feira 20 à Decap – Delegacia Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública, e à Deco – Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado,  que investigue uma suposta rede de lavagem de dinheiro na Secretaria de Publicidade do Governo do Distrito Federal. Pedidos semelhantes serão feitos ao Ministério Público e à Polícia Federal.

A decisão foi tomada após a publicação de relatórios da Sepir-DF, indicando pagamentos por veiculação de publicidade em sites editados pelo GNC no primeiro semestre deste ano. O GNC, responsável pelos sites Notibras.com, Oicidade.com.br e Procuraai.com.br, é propriedade da Empresa Jornalística José Seabra Neto-EI.

A avaliação do Grupo Notibras de Comunicação é a de que os veículos editados pela Empresa não podem, e não devem, ter seus nomes ao lado de fornecedores que, pelos valores apresentados nas ordens de pagamento, são passíveis de suspeição, principalmente em se tratando de ano eleitoral, onde denúncias afloram de todos os lados.

A inclusão indevida de pagamentos inexistentes ao Grupo Notibras de Comunicação aparece em duas edições do Diário Oficial do Distrito Federal da quinta-feira, 3 de abril, e segunda-feira, 7 de julho, do ano em curso. O fato levantou suspeitas porque os veículos editados pelo GNC não têm qualquer vínculo comercial com o governo de Agnelo Queiroz desde dezembro de 2013.

Quando tomou conhecimento desses relatórios, na segunda-feira 18, a Direção Colegiada do Grupo Notibras de Comunicação procurou manter contato imediato com o secretário de Publicidade André Duda e a secretária-adjunta de Publicidade Talita Sakuraba. Os dois foram procurados insistentemente nos números dos telefones diretos dos seus gabinetes e de celulares, sem que atendessem ou retornassem as ligações.

No pedido de investigação a ser encaminhado à Decap, Deco, Ministério Público e Polícia Federal, o Grupo Notibras de Comunicação anexará como provas cópias das páginas do Diário Oficial, onde aparecem os relatórios da Secretaria de Publicidade. Também será anexada cópia do extrato da conta bancária da Empresa Jornalística José Seabra Neto-EI, no período de janeiro a junho, onde inexistem os créditos proclamados nos relatórios da Sepir. Ao mesmo tempo, será oferecida a quebra do sigilo fiscal e bancário da empresa, do seu diretor e dos seus familiares, para que não pairem dúvidas no ar.

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