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Ideais convergentes

Notibras, porto sem solidão, é embalado pela construção de Chico

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Autor/Imagem:
Armando Cardoso* - Foto Produção Irene Araújo

Do alto de sua sabedoria, Machado de Assis escreveu que “A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito”. Do outro lado do mundo, Anthony Robbins lançou o desafio com o qual nos agarramos: “É nos momentos de decisão que seu destino é traçado”. Guiados por Anthony Robbins e aproveitando Machado de Assis, hoje comemoramos o sábio destino, que fez Notibras despontar no mesmo dia em que Chico Buarque nasceu. Como a corrente do destino somente pode ser puxada um elo por vez, esperamos 55 anos até que o mito da poesia, da contestação, da construção e das fábulas visse sua banda passar levando Geni a bordo do Zepelim.

De modo a não contestar Machado de Assis e manter o caso que estava escrito, pedimos licença ao caro amigo e nos lançamos na complicada tarefa de construir nossos sonhos. Escrevo na terceira pessoa do plural porque, passados 25 anos, é como se estivéssemos, eu, Eduardo Martínez, Irene Araújo e todos os demais colegas, ao lado de José Seabra naquele dia 19 de junho de 1999. Chico Buarque, o nosso eterno guri, já havia ultrapassado todos os mares. Mesmo de longe, no lançamento de Notibras, nós certamente nos unimos em pensamento para, olhos nos olhos, indagar aos deuses do jornalismo sobre o futuro do site: O que será?

Por várias ironias do destino, depois de tantas idas, vindas, sufocos, necessidades e quase desistência, acabamos aprendendo a segurar alguma coisa com mais força. Seguramos os anseios, as covardias, o desespero e, como num tabuleiro de xadrez, acabamos por dar um xeque mate em nosso então cotidiano de falta de coragem: Vamos ou não vamos? Fomos e hoje Notibras é um pedaço de todos nós. Com mil perdões, nessa roda viva do jornalismo de jubartes dominadoras e vorazes, o que era mambembe se transformou em realidade nas vitrines da profissão.

Nascemos nos estertores do antigo milênio. Alcançamos o milênio da salvação apoiados no tripé isenção, parceria e respeito. Mantivemos a base e incluímos confiança, objetividade e verdade. Estas são as palavras de ordem do dia a dia do site. Ao longo desse quarto de século, jamais nos sentimos donos da verdade, tampouco integrantes de um quarto poder inventado pelos antigos tubarões da comunicação. O que nos move e sempre nos moverá é acreditar na força da informação. Por isso, de 1999 até hoje nos consideramos apenas empreendedores da boa, séria, verdadeira, engraçada e, às vezes, incômoda notícia.

Sem fantasias e com mil perdões àqueles que lideram os batalhões, os alemães e os canhões, não olvidamos dos aportes financeiros necessários à existência, mas não estamos na carteira de ninguém. Daí nossa isenção. Escrevemos sobre tudo, principalmente sobre todos. Prazerosa e efetivamente, estamos nas consciências, nos laptops e nos computadores daqueles que prezam pela boa informação. Embora parecesse um brinquedo para alguns, Notibras nunca foi do faz de conta. Pelo contrário. Aproveitando o sinal aberto por Chico Buarque, o nosso eterno Julinho da Adelaide, o site surgiu para contestar, para informar e, sobretudo, para ficar.

Especificamente hoje, tudo a ver entre o ídolo Chico Buarque e os fãs de Notibras. Os versos de João e Maria pululam em nossas mentes de narradores do cotidiano. O encontro de tantas feras do jornalismo em Notibras pode ter sido mais coincidência do que destino. Não importa o que foi. O fato é que alguns estiveram e nós estamos na hora e no lugar certos. A vida costuma nos presentear com uma oportunidade. O destino que damos a ela é que faz toda a diferença. Tudo é bom de fazer quando os ideais são convergentes. Os nossos são. Vida longa para você, meu irmão querido José Seabra Neto. Mais 80 anos para Chico Buarque e vida longa para Notibras, o nosso porto sem solidão do jornalismo para bons jornalistas.

*Armando Cardoso é presidente do Conselho Editorial de Notibras

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