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Nova droga renova as esperanças para vencer a guerra contra a dependência

Um estudo publicado pela Associação Britânica de Psicofarmacologia, através da SAGE, editora líder de conteúdos inovadores, analisou o tratamento da dependência química com o auxílio da Ibogaína. A substância, que é extraída da casca da raiz do arbusto Tabernanthe Iboga, é usada tradicionalmente em rituais xamânicos e religiosos na África Central e a partir da década de 60 despertou a atenção de pesquisadores ao se mostrar eficiente contra surtos de abstinência de entorpecentes.

A pesquisa foi realizada numa clínica privada, já que o uso da Ibogaína é permitido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e registrou que a substância não traz reações adversas graves ou fatais. Foi observado também que os participantes que receberam o tratamento com Ibogaína mais de uma vez ficaram afastados das drogas durante aproximadamente 8 meses e meio.

Os resultados apontam que a utilização da Ibogaína supervisionada por uma equipe multidisciplinar e acompanhada de psicoterapia pode facilitar o afastamento do vício, como explica o naturopata e diretor do Instituto Brasileiro de Terapias Alternativas, IBTA, Rogério Souza: “Ela age em três mecanismos distintos. No primeiro momento atua no aumento de serotonina e dopamina, permitindo que o cérebro acione as percepções de prazer em níveis naturais. Depois ativa o GDNF responsável pela reconstrução de conexão neurológica que garante aumento do foco e concentração. E numa última instância, o tratamento proporciona uma psicoterapia acelerada onde o paciente acessa arquivos de memória de suas experiências, refletindo o que o levou até sua condição atual. ”

Dos 75 pacientes (67 homens e 8 mulheres) envolvidos no estudo, 100% das mulheres e 51% dos homens relataram abstinência total do vício. Logo, o tratamento com a Ibogaína se mostrou seguro e efetivo contra a dependência química. No IBTA a intervenção acontece em cinco dias e não há necessidade de internação. O paciente passa pela clínica somente durante o horário dos atendimentos e o fitoterápico é ministrado em cápsulas. Além disso, a família e os co-dependentes também recebem todo o suporte psicológico e emocional necessário.

A Ibogaína reduz a fissura por drogas e age na correção de absorção de dopamina nos centros de prazer do cérebro. “Visto que a ibogaína permite o recuperar lembranças, essas informações precisam ser trabalhadas em psicoterapias, caso contrário, o cliente terá relembrado momentos dolorosos de sua vida e não terá tido suporte terapêutico para ressignificá-lo”, explica Souza.

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